Parte indissociável da casa atual, a cozinha, quem diria, já foi relegada a cômodo sem importância. Na Idade Média, por exemplo, era habitual que ela estivesse localizada na área externa da casa, junto à adega e ao celeiro. Hoje, a cozinha é o centro da casa, da rotina dos moradores e lugar de encontros e celebrações.
Um espaço tão prestigiado merece uma arquitetura e um décor à altura de sua importância. Por isso, convidamos três profissionais para apresentar os pontos mais importantes ao planejar a sua cozinha. Quer conhecer as dicas e se inspirar? Confira a seguir!
1 – Entenda a importância de um fluxograma
O estudo da circulação da cozinha é o primeiro passo para definir quais estratégias serão utilizadas na sua decoração. “Eu sempre tomo cuidado para que os equipamentos de maior importância – como geladeira, pia e fogão – estejam triangulados, no caso de cozinhas lineares”, explica a arquiteta Ângela Brito. A iniciativa facilita o dia a dia no espaço e dá menos chances para acidentes domésticos. “O dimensionamento adequado, que atenda a demanda de quem utilizará o espaço é uma das características que tornarão a cozinha funcional”, completa Aldi Flosi, consultor de estilo da Yamagata Arquitetura.
Conhecer melhor as atividades rotineiras da cozinha é fundamental para criar um fluxograma adequado.
2 – Dê atenção à capacidade de armazenamento
A cubagem, termo técnico usado por arquitetos e designers para definir um espaço que receberá um determinado volume de objetos, é outra iniciativa importante para tornar uma cozinha funcional. Antes de pensar em como serão os armários, a dica é fazer um inventário de tudo que será guardado na cozinha. Com isso em mãos, é hora de pensar em quantos armários e gavetas serão necessários para que tudo seja acomodado de forma organizada. “Uma cozinha com uma boa capacidade de cubagem não é questão de tamanho, mas sim de organização prévia dessa possibilidade de armazenamento”, explica Ângela.
Gavetões apresentam melhor resultado que as portas, já que evita que se agache para pegar os objetos.
3 – Invista na iluminação difusa e em focos de luz
O ideal é que a iluminação da cozinha seja a mais natural possível. “Se houver uma copa ou bancada, pode-se usar algo mais pontual, como um pendente”, acrescenta Flosi. “Eu sempre gosto de jogar alguns pontos de ogiva fechada para dar acolhimento ao espaço”, completa Ângela. Caso a iluminação natural não seja o forte do espaço onde a cozinha está localizada, vale investir em lâmpadas econômicas, como fluorescente ou LED.
Uma iluminação difusa junto a pontos de luz contribuem para a sensação de conforto de uma cozinha.
4 – Fique de olho na ventilação
A emissão de calor, os cheiros dos alimentos e o uso de materiais de limpeza com odores específicos fazem da ventilação uma característica importante quando o assunto é praticidade na cozinha. “Em todo ambiente, é ideal que se receba luz e ventilação natural”, explica Estela Netto. Para neutralizar o calor e cheiros próprios da cozinha, é interessante pensar em um complemento para essa ventilação. “Um sistema de exaustão, por meio de coifas de bancada, teto, ou mesmo embutida é uma opção”, acrescenta.
Coifas evitam que os odores da cozinha se espalhem pelos ambientes.
5 – Defina as cores que serão usadas
Cozinha colorida: pode ou não pode? Tudo vai depender de você. Como esse não é um espaço onde o uso de muitos adornos e objetos é aconselhável, as cores são um ótimo recurso para trazer originalidade ao décor. “Revestimentos com texturas, estampas e materiais coloridos também conferem personalidade à cozinha”, explica Aldi Flosi. “Eu prefiro sempre os tons mais claros, mais minerais. São fáceis de limpar, de enxergar a sujeira, além de serem mais adequados para a manutenção”, completa. Quem gosta de ousar pode apostar no monocromático. “Já fiz uma cozinha completamente branca, e ao contrário do que se pensa, o resultado ficou show, tanto do ponto de vista estético quanto prático”, afirma Ângela.
Uma cozinha monocromática pode ser um recurso interessante para quem deseja deixar o espaço esteticamente bonito e funcional.
6 – Surpreenda-se com a volumetria!
O jogo de volumes é outro recurso que confere uma característica original ao décor da cozinha. “Formas mais arrojadas, uma bancada grande, armários meio lineares, com horizontalidade são algumas da estratégias que podem ser usadas”, explica Ângela. Tudo com o objetivo de deixar o espaço esteticamente agradável, sem esquecer da praticidade. “Uma boa cozinha é resultado de um conjunto de fatores, não só o volume, mas também cor, projeto luminotécnico, acabamentos, entre outros elementos”, explica a arquiteta Estela Netto.
Brincar com volumes e proporções pode ser uma estratégia para quem deseja uma cozinha diferenciada.
7 – Escolha o que se adapta à sua rotina
Estratégias arquitetônicas e de interiores à parte, o mais importante para uma cozinha prática e cheia de personalidade é que ela seja feita para atender aos seus desejos e às suas necessidades. Tanto faz se é no estilo americano ou tradicional, colorida ou monocromática, horizontal ou volumétrica. “É uma questão de perfil de vida”, finaliza Ângela.
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