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O termo barroco, em português, quer dizer “pérola imperfeita”. Paradoxalmente, o conceito de imperfeição deu origem a um dos estilos mais bonitos da arquitetura mundial. Surgida na Itália durante o Absolutismo, no século XVII, a arquitetura barroca rejeitava a simetria do Renascimento, destacando a imponência e dinamismo das construções, um reflexo do movimento da Contrarreforma, uma resposta à reforma Protestante proposta por Martinho Lutero. Surgiam assim igrejas ricamente decoradas, que conquistavam seus fieis pela emoção e reforçavam o poder da igreja católica. Identificar este estilo arquitetônico é fácil, basta prestar atenção nos cinco elementos que destacamos a seguir:
Para mostrar todo o seu poder, a igreja investiu na arquitetura “arte”, com muitos elementos decorativos e o uso do dourado. O ouro, matéria-prima em alta nas colônias europeias, começa a ser usado na ornamentação das igrejas.
Altar da Igreja de Santa Efigênia, em Ouro Preto, Minas Gerais.
Com as proporções da nave principal e do transepto na mesma medida, as plantas das igrejas barrocas eram chamadas de “cruz grega”.
A existência de uma única nave nas igrejas barrocas permite a contemplação dos elementos decorativos como um todo.
A igreja de São Roque, em Lisboa, Portugal.
Para valorizar a nave única das igrejas, afrescos com passagens da bíblia eram pintados no teto.
Assunção de Nossa Senhora da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, cria a ilusão de que a nave se abre para o céu.
O uso destes dois recursos artísticos era instrumento da ornamentação das construções. Com motivos bíblicos, visavam reforçar o poder da igreja católica sobre a protestante.
A Santa Ceia de Aleijadinho, em Congonhas, usa das esculturas para contar os passos de Cristo antes da crucificação.
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