Se trabalhar em casa costumava ser uma opção de vida, a chegada da pandemia obrigou a maioria dos profissionais a criar, de uma hora para outra, um espaço corporativo dentro de casa. A verdade é que muita gente se adaptou e acabou gostando da ideia. Jornadas de trabalho podem ser cansativas, logo, nada como poupar horas no trânsito ou saídas dispensáveis. As pessoas perceberam a importância de viver e trabalhar em uma residência bem planejada, prática, funcional e confortável, ainda mais pela permanência prolongada.
O trabalho de um arquiteto ou designer de interiores ganha ainda mais relevância. Aliás, a busca pelo essencial, tão em voga, pede um bom aproveitamento da casa – nada de espaços ociosos! Com a percepção das novas necessidades, muitos clientes têm urgência em realizar as mudanças.
Então, o momento é agora: saia na frente e lembre-se de alguns pontos a serem considerados na elaboração de um projeto de home office.
Se este espaço corporativo em casa for uma mudança definitiva, avalie o espaço ideal para o cliente, que ofereça privacidade e silêncio, e também todo o equipamento que ele irá utilizar, como computador, impressora, livros etc. Ainda é importante considerar se ele receberá clientes ou pacientes. Nesse caso, o melhor é que o escritório/consultório fique próximo à entrada ou, pelo menos, que preserve a área íntima, para não se misturar à rotina da casa.
Porém, se o home office for usado pontualmente, que tal adaptá-lo a um espaço destinado a outra função? Uma penteadeira no quarto do casal, por exemplo, pode fazer esse papel com pouquíssimas adaptações.
Neste quarto da Hobjeto Arquitetura para a Decora Lider Rio, a bancada feita com uma marcenaria sob medida assume o papel de escritório.
Partindo do zero na criação de um home office, fica mais fácil atender às especificidades da profissão do cliente, bem como às suas necessidades, considerando ergonomia, iluminação e funcionalidade – sobretudo se ele estiver disposto a investir em marcenaria planejada e móveis feitos para escritório. Mas se o projeto passar apenas pela adaptação de um espaço, inclusive com aproveitamento de mobiliário existente, fique atento à altura (75 a 80 cm) e profundidade da mesa (pelo menos 45 cm).
A cadeira deve apoiar bem as costas, além de, preferencialmente, ter braços e ser giratória, para garantir mobilidade. Ah! Quando não for possível criar um luminotécnico mais elaborado, opte por uma boa luminária de mesa. Mesmo em um ambiente pequeno dá para compor um espaço de trabalho prático e eficiente.
Neste quarto projetado por Mari Lazarini, a escrivaninha Slim faz também o papel de penteadeira.
Para quem vive sozinho, sem filhos ou tem uma rotina muito bem organizada, é possível planejar um home office no meio da residência. Mantendo o espaço arrumado, sem aquela “baguncinha” de escritório, não há problema. A ideia aqui é conceber um ambiente fluído, visualmente integrado ao estar; com acabamentos, mobiliário e adornos em perfeita sintonia.
Melhor ainda se projetar um móvel em que o material corporativo possa ser guardado quando não estiver em uso. Se for necessária alguma privacidade, lance mão de estantes divisórias ou biombos.
Nesta sala de Flávia Emrich para a Decora Lider Rio 2019, a escrivaninha Leg foi posicionada em um canto do espaço, criando um pequeno home office.
Projetos corporativos de interiores estão cada vez mais personalizados, envolvendo a participação ativa do cliente no processo de criação. Essa questão se evidencia quando o ambiente é planejado para duas ou mais pessoas o utilizarem, muitas vezes com propósitos diferentes.
No caso do home office compartilhado, o ideal é que as áreas de atuação dos clientes tenham necessidades parecidas. Assim, a adaptação do layout, ou mesmo um novo cômodo transformado para abrigar o escritório, fica mais fácil.
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