Design Biofílico e seu uso na arquitetura e decoração
13 JUL 2021
• Arquitetura
O desejo de trazer a natureza para mais perto se tornou ainda mais proeminente com a pandemia. Quem não se viu cuidando mais das plantas de casa que atire a primeira pedra. Pois saiba que este desejo tem nome e sobrenome: o design biofílico se refere à biofilia – ou seja, ao nosso amor pela fauna e flora – e seu objetivo é trazer o natural para os espaços construídos pelo homem. Isto porque nossa evolução se dá como uma resposta adaptativa ao ambiente natural, e não o contrário. Daí este nosso desejo por mais verde, mais pets e a conexão com a natureza. Mais do que um desejo pelo natural, o design biofílico prevê a criação de espaços que favoreçam a nossa saúde e nosso bem-estar. Mas como aplicá-lo na arquitetura e na decoração? Apesar da nova abordagem, o design biofílico usa de preceitos básicos da área. São eles:
1. Respeito ao entorno
Prestar atenção na paisagem e valorizá-la ao máximo. Além de preservar espécies de árvores que fazem parte do terreno, por exemplo, vale também investir em um jardim caso a área esteja inserida em um espaço urbano. Vale criar praças, pequenos bosques e jardins.
Parque-ilha projetado pelo escritório de arquitetura Heatherwick Studio e patrocinado pelo casal bilionário Barry Diller e Diane von Furstenberg será instalo no rio Hudson, em Nova York.
2. Favorecer a circulação de ar
Posicionar o edifício de forma a favorecer a circulação de ar é uma das atitudes do design biofílico. Outras são claraboias, janelas grandes e portas de correr que deem acesso a áreas privativas, por exemplo. Amplas varandas também são uma ótima solução proposta pelo design biofílico.
Neste tópico, o foco principal é o equilíbrio. Sabemos que um ambiente iluminado demais causa desconforto, enquanto um pouco iluminado pode atrapalhar o nosso bem-estar. O uso de átrios solares, que permitem que uma luz difusa entre nos edifícios é uma solução. Assim como orientações de portas e janelas e dispositivos de proteção solar.
Neste projeto de Pietro Terlizzi, a iluminação natural é valorizada pelo layout que valoriza a vista. Persianas se encarregam de regular a intensidade da luz. Enquanto um jardim vertical ao fundo traz o verde para mais perto.
4. Proteção acústica
O cuidado com a poluição sonora também faz parte do design biofílico. O uso de painéis acústicos, assim como a inserção de plantas em locais estratégicos são algumas táticas usadas. Já falamos sobre este tema aqui.
5. Acabamentos naturais
Materiais como madeira e pedras naturais suavizam o impacto causado pelo vidro e alumínio, por exemplo. O uso de móveis nestes acabamentos também ajudam a trazer a natureza para mais perto.