Metaverso e arquitetura: o que esperar desta junção?

17 FEV 2022
• Arquitetura

O que é metaverso?

Foi só Mark Zuckerberg anunciar a mudança de nome do Facebook para Meta que todos os olhos do mundo começaram a se questionar sobre o significado de Metaverso. O termo vem sendo usado atualmente por muitos bureaus de tendência, que o vêem como um futuro do qual não podemos escapar. Segundo o relatório “Into the metaverse” da Wunderman Thompson, empresa global referência em pesquisa de comportamento, o metaverso é um lugar onde nossas vidas físicas e digitais se convergem. Nele, a criatividade é ilimitada e os universos mais desafiadores são capazes de coexistir.

Segundo Keith Stuart, editor de Games do The Guardian, o futuro será sobre reagir rapidamente a situações sociais dentro do metaverso. Alexander Fernandez, CEO e fundador do Streamline Media Group acrescenta: “o metaverso é onde sua persona digital e física se tornam uma única realidade”. Já Don Steim, fundador do Roomkey, arrisca a dizer que nos próximos 100 anos a humanidade irá lentamente passar mais e mais horas do seu dia como um “avatar em um mundo virtual”. A forma como isso será feito? “Por meio de óculos de realidade virtual”, explica.

E como começar a entrar em contato com o metaverso? O universo dos games são a ponta do conceito. Jogos como GTA, Minecraft e Fortnite, que fornecem ferramentas que permitem a customização da experiência pelo usuário, são um bom exemplo de metaverso.

 

Elementos chaves do metaverso

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O relatório da Wunderman Thompson identifica ainda alguns elementos-chaves que caracterizam o conceito de metaverso:

  • Social – Um lugar para socializar.
  • Persistência – a vida continua no metaverso independente das pessoas estarem ou não on-line.
  • Reativo – as pessoas irão reagir aos acontecimentos do metaverso em tempo real.
  • Interoperacional – ele não será exclusivo de nenhuma plataforma.
  • Criatividade – as pessoas irão engajar mais com o conteúdo, ao invés de passivamente consumi-lo.
  • Ilimitado – não há limites para número de pessoas, lugares e experiências.
  • Dia a dia – fará parte de todas as nossas atividades rotineiras.
  • Descentralizado – não pertencerá a poucas pessoas ou empresas, as propriedades serão distribuídas.
  • Definido pelos usuários – será de propriedade e formado pelos usuários que vivem, se conectam e socializam nele.

 

Qual o papel da arquitetura no metaverso?

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Designers e desenvolvedores de jogos são, por enquanto, os responsáveis pela criação e construção do metaverso. Mas como os arquitetos podem contribuir com ele? O site Arch Daily enumerou algumas possibilidades:

  • Executando simulações de cenários reais no mundo virtual, o chamado Duplo Digital.
  • Traduzindo para criações do metaverso as diferentes culturas existentes.
  • Criar projetos exclusivos para os colecionadores de NFTs, os tokens não fungíveis, uma espécie de certificado digital que classifica uma criação como única.
  • Construir ativos digitais como casas, edifícios e cidades e vendê-los várias vezes para jogos, filmes e outros mundos virtuais.
  • Criar “fórmulas” de arquitetura que permitem aos usuários customizar os seus próprios projetos arquitetônicos, em plataformas como Grasshopper e Houdini.

 

Com tanta tecnologia, capaz de criar as mais diferentes formas e espaços, parece não haver empecilhos para a arquitetura no metaverso. Como ela evoluirá neste universo? É preciso esperar para ver.

 

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